segunda-feira, 6 de abril de 2009

FAIR FASHION

Como toda boa estudante de Desenho Industrial, discuti tão efusivamente como um calouro de biologia discutiria a origem da vida, aquela tríade de perguntas que, não só, não querem calar, como são tagarelas o bastante para nunca calarem mesmo.

Cheguei na aula e vi escrito no quadro: O QUE É ARTE? O QUE É DESIGN? QUANDO O DESIGN PASSA A SER ARTE? Ai ai ai... dá até medo lembrar. É possível que tenha saído até alguém ferido aquele dia da aula, pode ser que até tenha dado em morte!

Achei a resposta! Uma resposta, diga-se de passagem, bem plausível e madura para alguém que ainda nem terminou o curso. "Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe." 

Pronto. Amo o Design a ponto de vê-lo como arte apesar das inúmeras repressões que recebo de amigos e colegas.( todos calouros ou semi-veteranos ou semi-jubilados de um curso qualquer).

Imaginem então, o estado de êxtase que me encontrei ao entrar em um dos mais belos museus que já fui (o Museu de Arte Contemporânea de Rotterdam) e ver que o mesmo teto que abrigava tão solenemente Magrittes, Picassos e Dalís também acolhia uma exposição de moda. Sim sim meus queridos! A fútil moda que tantos desprezam e outros tantos, como nós, amam.

Aaaaaah! Tudo que eu queria era esfregar na cara dos nosso mais fraternos colegas artistas plásticos - que teimam em diminuir nossa arte - aquelas roupas lindas, esculturais, emocionantes... Explosão de cores, luz e sombra, não feita de tnta e tela, mas de tecidos e tramas, cortes, estruturas, paetês e... e... e...

Bom, tive de convencê-los a tirar fotos (a cortesia holandesa é uma coisa de fato incrível). Precisava mostrar para meu amigo, aí no Brasil, que cultiva um amor ainda maior pela moda. Amor que resulta nesse blog, que eu, sem nem mesmo saber , virei correspondente internacional.

A exposição se chama FAIR FASHION, da qual não sei a curadoria ou sequer o nome dos designers (a língua holandesa é uma coisa de fato estranha).  A parte do show de corte, costura e principalmente bom design, um designer em especial me chamou atenção. Ele conseguiu tirar a minha impressão ruim que eu tinha daquele tecido peruano, estilo hippie da feira da torre.

Peço desculpas pelo texto mais recreativo que informativo, mas fui abduzida de tal forma pela forma, que nem lembrei de anotar o  nome dos artistas. Por favor se deliciem com as fotos pois é tudo que pude fazer.

Câmbio desligo!

Por: Tainá Lacerda, direto de Rotterdam


















Continua...